Incidências Ântero-Posteriores para Crânio

incidência ântero-posterior do crãncio


Estudando as incidências ântero-posteriores para crânio, vi que existem algumas considerações importantes e que julgo essenciais para quem está na luta dos concursos. Então, resolvi trazer aqui para o blog para que possamos estudar.

No estudo do crânio temos três posicionamentos ântero-posteriores axiais e suas particularidades podem fazer muitas pessoas se confundirem. Portanto, vamos ver aqui quais são essas particularidades para que ninguém fique confuso e erre questões nas provas.

O que acontece é que, quando se fala em AP axial do crânio temos as seguintes incidências: Towne, Bretton, Reverchon e ainda Towne Modificado (que na verdade é incidência para ATMs, mas vamos citar aqui rapidamente). No fundo, tudo é a mesma coisa, sendo a diferença apenas nas angulações aplicadas e posicionamento do RC. Bom, o que diferencia elas é o que vamos ver agora.

AP AXIAL TOWNE




Na incidência de Towne temos uma AP Axial para demonstrar fraturas de crânio, processos neoplásicos e também doença de paget. Porém, a incidência de Towne é usada também para sela turca, principalmente para mostrar processos clinóides. Vamos ver cada um e a diferença deles.

O AP Axial de Towne no primeiro caso deverá ter a LOM ou a LIOM posicionada de forma que fique perpendicular ao filme. O RC deve entrar 6 cm acima da glabela, sendo que, se a LOM estiver perpendicular, o Ângulo é de 30° caudais; se for a LIOM será 37° caudais.

Geralmente a angulação é a de 30° e com a LOM perpendicular, mas como para conseguir isso o paciente precisa flexionar o pescoço, se ele não tiver condições, então temos que manter a LIOM perpendicular e colocar a angulação de 37° incindindo 6 cm acima da glabela. A colimação envolve as margens externas do crânio.

Essa indicência mostra: osso occipital, pirâmides petrosas e forame magno, dorso da sela e seus processos clinóides posteriores na sombra do forame magno.

TOWNE PARA SELA TURCA (REVERCHON)






Quando queremos fazer uma incidência pra sela turca é quase a mesma coisa, só que o RC incide 4 cm acima do arco superciliar. Para ver processos clinóides anteriores vamos angular o raio 30° caudais e pra ver processos clinóides posteriores 37° caudais.

Ao que pude entender, e agradeço se alguém souber explicar, quando se trata da angulação de 37° caudais essa indicência também recebe o nome de Bretton. E que a de 30° graus, além de towne, recebe o nome de Reverchon. No Boisson ele utiliza Reverchon, já no Bontrager encontramos Towne para sela turca. A colimação deve ser de 10 cm de lado.

As patologias demonstradas nesta incidência são: adenomas hipofisárias caso haja envolvimento da sela turca. E as estruturas visualizadas são: dorso da sela, processos clinóides anteriores e posteriores, forame magno, cristas petrosas e osso occipital.

TOWNE MODIFICADO

Esta incidência mostra processos condilóides da mandíbula e fossas temporomandibulares. É no Towne modificado que se verificam fraturas e relação/ amplitude de movimento anormal entre o côndilo e a fossa da ATM. 

É uma AP Axial com ângulo de 35° caudais a partir LOM ou 42° caudais a partir da LIOM. O RC deve ser direcionado de modo que passe a 2,5 cm anteriormente ao nível das ATMs ( 5cm anteriormente aos MAEs).

Bom gente, essas foram as anotações que fiz e que julgo importantes, afinal, têm características muito parecidas e pode nos confundir na hora da prova. A dica que dou é estudar isso, se possível, consultando as imagens e livros para que o entendimento fique melhor. 

Em se tratando de aprendizado, se não houver o entendimento da matéria, não vai funcionar e no dia da prova não saberemos nada.

Espero que o resumo ajude e, caso tenha algum equívoco, não deixe de avisar através dos comentários.
Abraços!
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